sexta-feira, 20 de abril de 2012

Curso superior tem vantagens em relação à formação dos aeroclubes. Além de ser piloto, estudante pode atuar em áreas administrativas

Quem pretende se tornar piloto de avião tem dois caminhos: pode fazer um curso em algum aeroclube ou, ainda, optar por uma graduação de aviação civil oferecida por instituições de ensino reconhecidas pelo Ministério da Educação. Uma das vantagens de quem tem formação superior nesta área é que, segundo especialistas, na hora de contratar pilotos, as grandes companhias aéreas exigem menos horas de voo e estes ingressam mais rápido no mercado de trabalho do que os formados em aeroclubes.

Uma hora de voo pode custar até R$ 1.000 e toda a parte prática é realizada nos aeroclubes. As instituições de ensino costumam ter simuladores de voo, mas eles não são suficientes para o estudante cumprir a carga horária exigida pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) na formação de pilotos.

"Para a Anac, tanto o aeroclube como a universidade são escolas de aviação. Temos a mesma homologação dos aeroclubes. A grande diferença é que o aeroclube ensina somente aquilo que ocorre no voo e a universidade ensina também todas as áreas relacionadas, e proporciona um conhecimento amplo em relação à aviação", afirma Edson Luiz Gaspar, coordenador do curso de aviação civil da Universidade Anhembi Morumbi.

aviador civil (Foto: Arte/ G1)

O conteúdo do curso de aviação civil inclui disciplinas relacionadas à física como aerodinâmica de voo, navegação, meteorologia e regulamento de tráfego aéreo. A duração é de três anos. A graduação também habilita o profissional a trabalhar em áreas administrativas como gestor de aeroportos ou de empresas aéreas.

"Na aviação há várias carreiras com diferentes atuações. Em uma companhia aérea, por exemplo, há pessoas que gerenciam a aeronave, a compra e a venda das passagens, elaboram a escala de voo, cuidam da saúde do piloto. Há uma equipe muito grande que permite que o piloto voe e atinja seu destino", diz Gaspar.

Por conta dessa ampla capacitação é comum, de acordo com o coordenador, muitos alunos ingressarem na aviação civil em cargos administrativos para bancar a parte prática do curso com as horas de voo e depois migrarem de área e se tornarem pilotos.

Apesar das vantagens, a graduação, no entanto, pode ser uma opção mais cara se comparada ao curso dos aeroclubes. Segundo Gaspar, a faculdade custa de R$ 120 mil a R$ 150 mil, incluindo as horas de voo, enquanto no aeroclube, o preço deve ficar em torno de R$ 100 mil.

Percurso para voar
Depois de passar por uma rígida bateria de exames médicos no Hospital da Aeronáutica, estudar a parte teórica, fazer 40 horas de voo e concluir o primeiro ano de faculdade, o estudante recebe o brevê (licença) para atuar como piloto privado, o que não permite que ele seja remunerado. A partir do segundo ano do curso, com nova série de exame e mais 40 horas de voo instrumental e outras 70 horas de voo (noturno e diurno), o estudante adquire o brevê de piloto comercial e já pode trabalhar.

Carlos Kodel, de 37 anos, é piloto da Avianca Linhas Aéreas e se formou em aviação civil em 2003 pela Anhembi Morumbi. Para ele, a faculdade deu uma boa base para a progressão da carreira. "No curso você tem acesso a uma gama de matérias que te dão uma noção de 360 graus de tudo que ocorre a sua volta. Pilotos que têm curso superior de aviação levam vantagem e as empresas aéreas entenderam isso.



Avião movido a energia solar é lançado na Suíça


Protótipo pretende ser o primeiro a dar a volta ao mundo.
Aeronave foi construída com 12 mil células solares e asas de 64 metrosUm avião movido a energia solar decolou nesta terça-feira (17), na Suíça. O voo de teste foi realizado no aeroporto de Payerne pelo piloto Bertrand Piccard. O avião foi construído com células solares e tem 64, 3 metros de asas. A aeronave é um protótipo do avião no qual seus criadores esperam realizar a primeira circunavegação do mundo em 2014.

Comemoração dos 90 anos da 1ª travessia aerea do Atlantico Sul

Comemoração dos 90 anos da 1ª travessia aerea do Atlantico Sul

No dia 30 de Março de 1922, os Comandantes Sacadura Cabral e Gago Coutinho partiram de Lisboa para aquela que viria a ser a 1ª Travessia Aérea do Atlântico Sul, relevante feito da história da aeronáutica e que suscitou forte entusiasmo e exaltação populares, tanto em Portugal como no Brasil.
A viagem, na qual foi utilizado como meio de navegação astronómica, com demonstrado sucesso, o sextante de horizonte artificial inventado por Gago Coutinho, iniciou-se com o hidroavião “Lusitânia” e terminou com o hidroavião “Santa Cruz”, após a perda do primeiro, junto aos Penedos de S. Pedro e S. Paulo, nas proximidades da Ilha de Fernando de Noronha, bem como de um segundo hidroavião, o “Pátria”, que fora disponibilizado pelo Governo português. Por decisão da UNESCO, de Maio de 2011, sob proposta da Marinha (através da Biblioteca Central da Marinha), os relatórios da viagem foram registados na Memória do Mundo e, como tal, são considerados de excecional valor para a Humanidade e seu património.